segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Trilogia do Cobarde

Parte 1 de uma trilogia. Para terem um pouco mais de cultura, crianças.

Acto 1:
(Gabinete do comissário da polícia. O Comissário está sentado na sua secretária, quando Carlos entra)
Comissário: Ah, entra, meu rapaz, entra. Diz-me, já ouviste os rumores sobre um assassino em série, que anda a matar gente por aí fora ao desbarato?
Carlos: Boa tarde chefe. A Ana, a sua secretária está doente?
Comissário: Hm, não, ela agora está ocupada. Mas sabes ou não?
Carlos: Não é ela aí, debaixo da mesa?
Comissário: Mas respondes à porra da pergunta?!
Carlos: Calma, chefe, só a queria cumprimentar. Olá Ana. Portanto, está a falar do da banana?
Comissário: Não, porra! Esse é o Abílio, o do talho. Este é um novo. Deixa uma faca espetada no coração das vítimas, acredtas?
Carlos: (começa a tremer) Pessoalmente, prefiro não acreditar. Essas coisas não são para mim, são mais para os corajosos.
Comissário: Pois é bom que acredites, estou a entregar-te o caso. És o nosso melhor detective e a nossa melhor chance.
Carlos: Mas eu já recebi 6 ameaças de demissão por parte do chefe....
Comissário: És o que tem menos ameaças de demissão, portanto.
Carlos: Mas eu só vim para este departamento na semana passada.
Comissário: (sossegado) Continuas a ter e melhor média....
Carlos: Mas, chefe, pense na minha mulher...
Comissário: Loira, olhos azuis, alta, peito fenomenal, rabo de sonho, pernas que não acabam? Penso nela muitas vezes, realmente...
Carlos: E então, quer mesmo que ela fique viúva?
Comissário: Quando pões as coisas dessa maneira...
Carlos: (aliviado) Eu sabia que teria piedade...
Comissário:...Só te posso dizer uma coisa: tem tomates por uma vez na vida!
Carlos: Prometo que os terei, mas mais tarde, se não se importa.
Comissário: Vai já para a rua!
Carlos: (esperançado) Estou demitido? É que se estiver...
Comissário: Mas tu estás a armar-te em parvo?
Carlos: Despede-me se eu estiver?
Comissário: Vai trabalhar, porra!


Acto 2:
(Carlos entra na morgue, onde o médico legista está a realizar uma autópsia e o “morto” não pára de gritar)
Carlos: Hã, desculpe, Doutor, eu sei que sou um leigo, mas, o que está a fazer?
Doutor: A trabalhar, filho.
Carlos: Mas eu pensava que estava na morgue...
Doutor: E estás, não estás a ver estes cadáveres todos?
Carlos: Mas... então... esse homem está vivo!
Douror: (sossegado, enquanto tira as luvas) Não, não está....
Carlos: Mas ele está a gritar!
Doutor: Olha lá, mas quem é que tem o curso superior, aqui?
Carlos: Você?
Doutor: (sussurando) Não, eu pensava que era v... Mas avançando! É voçê que tem o caso do assassino em série?
Carlos: Por acaso, estava a ver se trocava...
Doutor: Mau, é você ou não?
Carlos: Para já...
Doutor: Pronto. Portanto, é o da banana ou o da faca?
Carlos: Mas ninguém se preocupa com o facto de o das bananas ser o homem do talho?
Doutor: É assim, primeiro, ele é o único homem do talho cá na terra; segundo, alguém que desperdiça facas daquela maneira é pior.
Carlos: Estamos a falar de quantas facas, de qualquer maneira?
Doutor: 59.
Carlos: E pessoas?
Doutor:... Continunado, posso dizer que mata as pessoas com diversas facadas no peito, escolhe pessoas infiéis aos companheiros, já matou dez polícias que o perseguiam...
Carlos: Dez? Isso é muita coisa...
Doutor: Você não sabia? Então não sabe o que se passa na esquadra?
Carlos: Sabe como é: mulher, irmã da mulher, amante, prima da amante, mãe da prima da amante... às vezes não tenho tempo para o resto...
Doutor: Avançando! O assassíno gosta de carne assada, lê Maquiievel, tem um BMW, usa a mão direita porque tem a mão esquerda queimada, é casado com uma morena e posso dar-lhe a morada em dois segundos. É só ir à secretária...
Carlos: Wow, você é mesmo bom. É tipo o CSI. Eu sou o tipo que foge com medo...
Doutor: Ora bem, aqui está. Agora, terá é que ir sozinho.
Carlos: (assustado) Não! Preciso de reforços!
Doutor: Não podemos arriscar ele aperceber-se e fugir.
Carlos: Mas, está a ver, se ele fugir, ao menos eu não morro. Não quer a minha morte na sua consciência, pois não?
Doutor: Com a sua mulher viúva...
Carlos: A irmã dela é melhorzita...
Doutor: Então, vai para a rua? É que eu tenho que fechar o estaminé.
Carlos: Não sei... Se eu sair, tenho que ir atrás do assassino?
Doutor: Rua!
Carlos: Mas está a ver, eu tenho medo de sangue. O meu em particular, para ser honesto.
Doutor: (exasperado) Mas você é assim tão cobarde?!
Carlos: Está a ver, toda a gente diz isso como se fosse mau, mas os cobardes não vêm o seu próprio sangue...
Doutor: Saia-me da frente!
Fim da Parte 1. Agora portem-se bem, ou então escrevo o resto

2 comentários:

Anónimo disse...

papá que orgulho...ta genial!

Anónimo disse...

adrei ler a trilogia do cobarde...
e vou portar-m mal so pa ver s escrevem o resto....
lol =)