domingo, 20 de maio de 2007

Abraão

Abraão
Abraão tinha tido, durante a noite, uma visão do seu Deus a mandá-lo sacrificar o seu filho, de forma a reiterar a sua fé. Abraão não achou lá muita graça, até porque o seu filho tinha finalmente aprendido o que raio era um preservativo, e não engravidava nenhuma moçoila há já duas semanas. Mas, quando estamos a falar de assuntos de fé, não podemos hesitar, e Abraão lá foi sacrificar o seu filho.
Chegados ao cimo do monte, Abraão pediu ao seu filho que acedesse uma fogueira, pois estava com fome, e se matasse o seu filho na fogueira, depois ainda podia fazer qualquer coisita para comer. Foi nesta altura que Deus apareceu, em toda a sua glória e resaaca, dpois de uma noite na cidade com amigos para falar com Abraão.
-Mas que raio estás tu a fazer, ó meu idiota? - Perguntou Deus.
-Então, estou a fazer o que me ordenastes, meu Deus. Fostes a minha casa e dissestes-me que sacrificasse o meu filho em teu nome!
-Abraão, andaste outra vez a beber, Abraão! Eu ontem não fui a tua casa. Era dia de póquer com o coelhinho da Páscoa, Abraão!
-Mas eu vi-te!
-E há duas semanas viste virgens a voar. O que vês quando estás bêbado não conta, Abraão!
Nesse momento aparece o filho de Abraão, com a lenha para a fogueira. Pousa-a no chão, olha para cima espantado, e diz ao pai:
-Não é que eu apanhei a puta e já nem me lembro...
-Não apanhaste bebedeira nenhuma! Este é mesmo o nosso Deus!
-Olha lá, ó idiota, e tu também ias deixar-te matar assim?
-Era pela fé!
-Mas tu és estúpido?!
-Desde pequenino, meu Deus...
-Olhem, sabem que mais? Saiam-me os dois da frente e vão para casa, que vão morrer com um problema no fígado como nunca antes ou depois se poderia imaginar. É cada um que me aparece...